Saudade tem gosto de vinho tinto ora seco, por vezes nada suave e amanhasse junto da ressaca solar. Percorrem os dias e as papilas gustativas experimentam outros sabores. A preferência por aqueles provocados pelas memórias graciosas. As gostosas lembranças, tão incessantes, desejando ser saciadas pela chegada do reencontro. Aparece a jeitosa nostalgia vestida de repouso. Sua quietude na verdade é inquietação. E sedução. Para o tempo manter o querer... Cá estou continuamente movida pela História – Perrot/Hobsbawm, pela Memória – Latino América, pelo Horizonte – Galeano. E agora a Saudade – Kollontai.
ouvir o mar no marulhar ou ver o mar ao mar olhar? se o marulhar, olhar e ulhar ao ver o mar...