Saudade tem gosto de vinho tinto ora seco, por vezes nada suave e amanhasse junto da ressaca solar. Percorrem os dias e as papilas gustativas experimentam outros sabores. A preferência por aqueles provocados pelas memórias graciosas. As gostosas lembranças, tão incessantes, desejando ser saciadas pela chegada do reencontro. Aparece a jeitosa nostalgia vestida de repouso. Sua quietude na verdade é inquietação. E sedução. Para o tempo manter o querer... Cá estou continuamente movida pela História – Perrot/Hobsbawm, pela Memória – Latino América, pelo Horizonte – Galeano. E agora a Saudade – Kollontai.
Além da história de vida e da encantadora fotografia, o que chama também a atenção no filme Frida (2002) é a profunda e provocante trilha sonora. Composto por Elliot Goldenthal (também responsável pela trilha sonora original de Across the Universe – 2007), o conjunto de canções nos leva para as características do México através de instrumentos regionais, bem como para o universo de Frida, marcado pela sua coragem na luta contra seus problemas físicos, seu amor por Diego Rivera e a paixão que tinha em simplesmente viver. Chavela Vargas e Lila Downs são alguns dos nomes que interpretam as canções. Chavela Vargas, que teve um caso amoroso com a própria Frida, canta seus grandes clássicos La Llorona e Paloma negra . Já Lilá Dows, cantora mexicana conhecida também pelas suas críticas ao imperialismo estadunidense, é responsável pelas gravações de Estrella Oscura e Alcoba Azul . Em Burn It Blue canta junto do eterno tropicalista Caetavo Veloso. E atriz intérprete da pintora Salma Haye
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