O traje é originário das mulheres do istmo de Tehuantepec (Oaxaca, México), e compreende essencialmente a blusa bordada e a saia comprida. Segundo a história do istmo, as mulheres de Tehuantepec são conhecidas como imponentes, sensuais, inteligentes, corajosas e fortes. Vivem também em uma sociedade matriarcal, onde dirigem, por exemplo, o mercado local.
Para Frida, o traje tehuana tornou-se um elemento tão essencial da sua pessoa, que o pintou sozinho, sem seu corpo, por diversas vezes, como no intrigante quadro Allá cuelga mi vestido (1933). Segundo Hayden Herrera em Frida: a biografia “a vestimenta servia como substituto dela própria, uma segunda pele totalmente assimilada pela pessoa escondida sob ela, mas tão integrada a ela que, mesmo quando era tirada conservava algo da pessoa que a usava”. Frida em seu diário, escrito em sua última década de vida, registrou que o vestido tehuana era “o retrato ausente de uma única pessoa”.
Com o passar dos anos, à medida que o seu estado de saúde tornava-se mais crítico, Frida ressignificou sua roupa como um antídoto contra suas dores. Assim, blusas, fitas, laços, flores ganhavam cada vez mais cores afrontando suas cicatrizes e dor interior. E seu traje assim tornou – se comovente: “era a um só tempo uma afirmação de seu amor pela vida e um sinal de sua consciência – e de sua atitude de desafio e rebeldia – da dor e da morte” conforme a escritora Herrera.
Estou lendo a biografia de Frida, e que vida, que mulher ela foi, sem dúvida nenhuma é uma grande exemplo.Paulinha, acompanho teu blog e teu face a certo tempo, é um grande exemplo de mulher!Parabéns!
ResponderExcluirOlá!!! Meu nome é Fernanda e achei seu texto excelente. Gostaria de uma informação sua, se possível, é claro. Você sabe onde foi publicada a frase de Lucile Blanch que você citou?
ResponderExcluirBeijos!!!
Olá Fernanda a frase que cito da Lucile está no livro daHayden Herrera 'Frida: a biografia'. Foi lançado no final de 2011 no Brasil. Espero que tenha lhe ajudado. Bjs
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