A Revista ELLE[1] lançou esta semana quatro opções capas de sua edição de dezembro com o tema “Mexeu com uma, mexeu com todas”. Todas com modelos magras (três mulheres brancas e uma negra), acompanhadas de frases feministas: “Meu corpo, minhas regras”, “Vestida ou pelada, quero ser respeitada”, “Meu decote não dá direitos” e “Minha roupa não é um convite”. A repercussão nas redes sociais – entre elogios e críticas – provoca diversos questionamentos: Quais os interesses da “maior revista de moda luxo do mundo” abordar o feminismo (ou parte dele)? Por que a revista, com mais de 25 anos de existência no Brasil, resolve destacar o tema somente agora, uma vez que a auto-organização de mulheres e a produção de conhecimento feminista não foi inventada em 2015? A revista se adapta aos “novos comportamentos” porque deseja a ruptura do patriarcado (e assim do capitalismo e racismo) ou por que se preocupa em manter seu público e assim, a garantia dos lucros? Por que modelos excessivamente ma
ouvir o mar no marulhar ou ver o mar ao mar olhar? se o marulhar, olhar e ulhar ao ver o mar...