de tempos em tempos meu processo de alquimia pessoal manifesta-se de forma mais arguciosa. revisito sutilmente em instantes mais de duas décadas e meia, compreendendo os muitos ciclos de me criar recriando. criar recriando a mim, paula, na minha autonomia pessoal. a mim paula enquanto sujeita histórica aqui agora. tomada pela novidade das últimas leituras apreciadas, tanto de um amontoado de palavras como das leituras de mundo experimentadas e também na conjuntura enredadas , alguns saberes enraízam-se no meu território corpo. sem, porém, envoltos no sufoco da verdade. esses saberes, portanto, ainda que enraizados, movimentam-se. no inesperado da vida. e assim sucessivamente, reaprendo novamente na revisão da minha história. para tudo isso, porém, golpeada até partirem meu coração. com tristeza, sei, que sem desejar, foram muitos os golpes para olhar para além do véu do sentimento que aprisiona. a sabedoria nasce também, desgraçadamente, da razão golpeada. nasce quando de tão golpeada,
ouvir o mar no marulhar ou ver o mar ao mar olhar? se o marulhar, olhar e ulhar ao ver o mar...